Atuando neste domingo à tarde, no Alfredo Jaconi, as gurias rubro-verdes (a meia Cynthia com a bola, na foto acima, de Ramon Cardoso/Jornal Informante) lutaram muito e conseguiram impor muitas dificuldades às gurias alviverdes, mas acabaram sofrendo dois gols no fim e ficaram com o vice do Interior. O Juventude chegou ao bicampeonato, já que havia vencido na temporada passada e igualaram à condição do Brasil, que foi bicampeão em 2019 e 2020.
As jaconeiras tiveram maior volume de jogo na etapa inicial, mas as investidas eram mais em jogadas pelo alto e, nos raros momentos em que construíram algo, a goleira Gaby mostrou a segurança habitual. O Brasil chegou pouco, mas ameaçava com as investidas do quarteto ofensivo, com as meias Marcella e Cynthia, a atacante Isa e a centroavante Kim. A etapa inicial terminou com placar em branco.
Na etapa final aumentou a pressão do time da casa. Após a centroavante Kelly cruzar, a bola sobrou para Aninha que foi derrubada por Neris, que havia entrado no lugar de Marcella. Pênalti para o Juventude. Greyce cobrou, Gaby defendeu, mas a bola sobrou para a atacante alviverde abrir o marcador: 1 a 0 aos 26 minutos. A volante Letícia, a meia Giovana Piton e a centroavante Carol também foram a campo para aumentar o fôlego da equipe farroupilhense.
O Brasil quase chegou à igualdade em cobrança de falta da lateral esquerda Yasmin, que passou raspando o travessão, aos 38 minutos. Quando as gurias rubro-verdes tentavam o empate e já estavam lançadas à frente, o Juventude chegou ao segundo gol. Após jogada ensaiada, Karol cruzou e a zagueira Yasmin cabeceou para marcar o 2 a 0 aos 43 minutos. Não havia tempo para mais nada.
Ao final, as atletas farroupilhenses foram agradecer aos torcedores, que compareceram em número superior até mesmo aos caxienses, e foram aplaudidas pelos rubro-verdes, que reconheceram o esforço do time diante de um rival com um poder de investimento infinitamente maior. O Juventude, é necessário reconhecer, mereceu ficar com o Título do Interior, mas o Brasil caiu de pé e tem que sair de cabeça erguida.
Após um começo de Gauchão vacilante, as gurias rubro-verdes se recuperaram e na 2ª fase fizeram duelos equilibrados contra a Dupla Gre-Nal e contra o próprio Juventude. A missão maior da temporada, que era de retornar a uma semifinal de estadual, onde só não estiveram no ano passado, e compareceram desde 2018, quando ingressaram na disputa, foi consolidada.
Mais do que isso, a meta era voltar a ter um calendário nacional em 2024 e isso foi possível já que Grêmio e Internacional estão na elite e o Juventude na Série A2. O Brasil ficou com a vaga gaúcha no Brasileirão Série A3 da próxima temporada, e volta a ter uma disputa nacional após a participação na A2 em 2020 e 2021. Claro que há tristeza pela perda do título, mas o saldo do ano é muito positivo. Cabeça erguida e foco em 2024, que já aponta no horizonte.